Variação de câncer de mama mais agressivo preocupa especialistas:
O HER2 será abordado durante campanha que acontece, hoje, na Piedade
Outubro é o mês mundial de conscientização sobre o câncer de mama e a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) está realizando a Campanha Mulher Consciente que, este ano, traz o tema: “Saber é transformar a realidade. Eu sei que o câncer de mama pode ser diferente”. Na capital baiana, a ação ocorre, hoje, na Praça da Piedade, das 6h30 até as 18h, onde serão distribuídos folhetos explicativos e as pessoas poderão tirar dúvidas sobre o HER2 positivo, um tipo de câncer menos conhecido e bem mais agressivo.
Quem passar pelo local vai aprender ainda como fazer o auto-exame em mamas artificiais, que simulam seios normais e com câncer. Embora a campanha traga o nome Mulher consciente, a iniciativa visa atingir também o público masculino, que é muito influente junto às mulheres no diagnóstico da doença. A mobilização acontece, ao mesmo tempo, em Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e São Paulo, além da capital baiana.
O presidente da seção baiana da Sociedade Brasileira de Mastologia, Roberto Kepler, afirma que os avanços da medicina têm diagnosticado vários tipos de câncer de mama, entres eles o HER2 positivo. Neste caso, o tumor tem como característica uma proteína encontrada em excesso na superfície de células. Sua evolução é mais rápida e, por isso, é uma das formas mais graves da patologia. “Antigamente se falava em câncer de mama e pronto. Hoje, já sabemos que o mal tem inúmeras variantes”, assinalou.
O especialista chama a atenção para a necessidade de realizar o teste HER2 em todas as pacientes com câncer de mama. Ele explica que, no exame, uma amostra de tumor é extraída da paciente a fim de detectar a presença do câncer de mama HER2 positivo. Geralmente, os principais sinais são aparecimentos de ínguas nas axilas, modificações na forma e tamanho das mamas, saída de secreção escura ou com sangue pelo mamilo e modificações na pele, na auréola mamária ou no mamilo. Kepler lembra que nem todos os nódulos palpáveis na mama podem ser diagnosticados como tumor mamário.
“É importante que a mulher faça seus exames e também se auto-examine. Caso ela note alguma anormalidade, deve investigar. Nem sempre um nódulo é sinal de câncer. Pode ser cisto ou uma tumoração benigna, que podem ser percebidas ao toque e não têm uma evolução ruim”, explica o mastologista. O diagnóstico mais precoce dessa lesão deve ser alinhado aos exames clínicos das mamas, como mamografia e ultra-sonografia.
A mamografia é um exame diferenciado de raio-X das mamas, que detecta alterações sugestivas de câncer e diferencia as lesões benignas. Capaz de fornecer resultados mais precoces, o tipo de diagnóstico pode diminuir as chances de morte da paciente de 30% a 70%. As mulheres devem realizar o exame pela primeira vez entre os 35 e 40 anos de idade, e se submeter a controles anuais e bienais a partir dos 40 anos. “A chance da cura total só é possível se a doença for descoberta precocemente. É preciso tomar ciência do câncer antes que ele se dissemine pela mama”, orientou.
O médico ressalta que a ultra-sonografia desempenha papel importante na detecção do câncer de mama. Ela é considerada o principal método complementar da mamografia. “Através dela, informações fundamentais para o diagnóstico do câncer podem ser adquiridas”, avaliou Kepler.
O HER2 será abordado durante campanha que acontece, hoje, na Piedade
Outubro é o mês mundial de conscientização sobre o câncer de mama e a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) está realizando a Campanha Mulher Consciente que, este ano, traz o tema: “Saber é transformar a realidade. Eu sei que o câncer de mama pode ser diferente”. Na capital baiana, a ação ocorre, hoje, na Praça da Piedade, das 6h30 até as 18h, onde serão distribuídos folhetos explicativos e as pessoas poderão tirar dúvidas sobre o HER2 positivo, um tipo de câncer menos conhecido e bem mais agressivo.
Quem passar pelo local vai aprender ainda como fazer o auto-exame em mamas artificiais, que simulam seios normais e com câncer. Embora a campanha traga o nome Mulher consciente, a iniciativa visa atingir também o público masculino, que é muito influente junto às mulheres no diagnóstico da doença. A mobilização acontece, ao mesmo tempo, em Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e São Paulo, além da capital baiana.
O presidente da seção baiana da Sociedade Brasileira de Mastologia, Roberto Kepler, afirma que os avanços da medicina têm diagnosticado vários tipos de câncer de mama, entres eles o HER2 positivo. Neste caso, o tumor tem como característica uma proteína encontrada em excesso na superfície de células. Sua evolução é mais rápida e, por isso, é uma das formas mais graves da patologia. “Antigamente se falava em câncer de mama e pronto. Hoje, já sabemos que o mal tem inúmeras variantes”, assinalou.
O especialista chama a atenção para a necessidade de realizar o teste HER2 em todas as pacientes com câncer de mama. Ele explica que, no exame, uma amostra de tumor é extraída da paciente a fim de detectar a presença do câncer de mama HER2 positivo. Geralmente, os principais sinais são aparecimentos de ínguas nas axilas, modificações na forma e tamanho das mamas, saída de secreção escura ou com sangue pelo mamilo e modificações na pele, na auréola mamária ou no mamilo. Kepler lembra que nem todos os nódulos palpáveis na mama podem ser diagnosticados como tumor mamário.
“É importante que a mulher faça seus exames e também se auto-examine. Caso ela note alguma anormalidade, deve investigar. Nem sempre um nódulo é sinal de câncer. Pode ser cisto ou uma tumoração benigna, que podem ser percebidas ao toque e não têm uma evolução ruim”, explica o mastologista. O diagnóstico mais precoce dessa lesão deve ser alinhado aos exames clínicos das mamas, como mamografia e ultra-sonografia.
A mamografia é um exame diferenciado de raio-X das mamas, que detecta alterações sugestivas de câncer e diferencia as lesões benignas. Capaz de fornecer resultados mais precoces, o tipo de diagnóstico pode diminuir as chances de morte da paciente de 30% a 70%. As mulheres devem realizar o exame pela primeira vez entre os 35 e 40 anos de idade, e se submeter a controles anuais e bienais a partir dos 40 anos. “A chance da cura total só é possível se a doença for descoberta precocemente. É preciso tomar ciência do câncer antes que ele se dissemine pela mama”, orientou.
O médico ressalta que a ultra-sonografia desempenha papel importante na detecção do câncer de mama. Ela é considerada o principal método complementar da mamografia. “Através dela, informações fundamentais para o diagnóstico do câncer podem ser adquiridas”, avaliou Kepler.
Índice triplica abaixo dos 40 anos
O diagnóstico do câncer de mama em pacientes com menos de 40 anos está crescendo. O índice, que costumava ser de 5% do total de casos, subiu para até 16% entre 1999 e 2004, segundo recente pesquisa realizada no Hospital do Câncer em São Paulo. No caso de pacientes abaixo desta faixa etária, a sobrevida tende a ser menor, já que a doença costuma ser descoberta em estágios mais avançados, uma vez que as pacientes não estão inseridas na rotina de rastreamento da doença e somente buscam auxílio médico quando o tumor já se apresenta palpável. Este tipo de câncer não possui uma causa definida, mas alguns fatores de risco são conhecidos, como o histórico familiar (mãe ou irmã com este tipo de tumor na pré-menopausa) e a presença de alterações genéticas (modificações nos genes associados à doença). “Quanto mais cedo for diagnosticada a predisposição e a paciente iniciar o acompanhamento médico e a realização de exames periódicos, mais chances ela terá de se curar, caso venha a desenvolver a doença”, afirma a médica Maria Helena Louveira, radiologista da Diagnóstico da América (Dasa).
Contudo, a especialista lembra que, no caso de jovens, não é indicada a mamografia sem recomendação médica. “Temos que lembrar que este é um exame que inclui a emissão de radiação ionizante que, quando aplicada de forma excessiva, pode ser nociva à saúde. Por isso, não devemos antecipar a inclusão da mamografia no cotidiano de uma mulher precocemente, caso ela não tenha histórico familiar ou alterações genéticas que justifiquem o exame”, ressalta.
Maria Helena reforça que as mulheres devem realizar a mamografia pela primeira vez entre os 35 e 40 anos de idade e se submeter a controles anuais a partir dos 40 anos. Já a ultra-sonografia não é utilizada como método de rastreamento do tumor mamário, mas é um importante adjunto em determinadas condições, principalmente no esclarecimento de nódulos visualizados parcialmente na mamografia. Também é bastante importante na orientação de punções e biópsias de nódulos, que podem ser tanto sólidos quanto cistos – estes últimos passíveis ou não de serem aspirados e resolvidos.
“A inspeção visual e a palpação sistemática de cada mama pela própria mulher devem ser realizadas geralmente do sétimo ao décimo dia após o início da menstruação”, acrescenta Maria Helena. Atualmente, cerca de 75% dos casos de câncer de mama são detectados pelo auto-exame, mas nesses casos, o tumor freqüentemente já ultrapassa 2cm, o que dificulta a cura.
O diagnóstico do câncer de mama em pacientes com menos de 40 anos está crescendo. O índice, que costumava ser de 5% do total de casos, subiu para até 16% entre 1999 e 2004, segundo recente pesquisa realizada no Hospital do Câncer em São Paulo. No caso de pacientes abaixo desta faixa etária, a sobrevida tende a ser menor, já que a doença costuma ser descoberta em estágios mais avançados, uma vez que as pacientes não estão inseridas na rotina de rastreamento da doença e somente buscam auxílio médico quando o tumor já se apresenta palpável. Este tipo de câncer não possui uma causa definida, mas alguns fatores de risco são conhecidos, como o histórico familiar (mãe ou irmã com este tipo de tumor na pré-menopausa) e a presença de alterações genéticas (modificações nos genes associados à doença). “Quanto mais cedo for diagnosticada a predisposição e a paciente iniciar o acompanhamento médico e a realização de exames periódicos, mais chances ela terá de se curar, caso venha a desenvolver a doença”, afirma a médica Maria Helena Louveira, radiologista da Diagnóstico da América (Dasa).
Contudo, a especialista lembra que, no caso de jovens, não é indicada a mamografia sem recomendação médica. “Temos que lembrar que este é um exame que inclui a emissão de radiação ionizante que, quando aplicada de forma excessiva, pode ser nociva à saúde. Por isso, não devemos antecipar a inclusão da mamografia no cotidiano de uma mulher precocemente, caso ela não tenha histórico familiar ou alterações genéticas que justifiquem o exame”, ressalta.
Maria Helena reforça que as mulheres devem realizar a mamografia pela primeira vez entre os 35 e 40 anos de idade e se submeter a controles anuais a partir dos 40 anos. Já a ultra-sonografia não é utilizada como método de rastreamento do tumor mamário, mas é um importante adjunto em determinadas condições, principalmente no esclarecimento de nódulos visualizados parcialmente na mamografia. Também é bastante importante na orientação de punções e biópsias de nódulos, que podem ser tanto sólidos quanto cistos – estes últimos passíveis ou não de serem aspirados e resolvidos.
“A inspeção visual e a palpação sistemática de cada mama pela própria mulher devem ser realizadas geralmente do sétimo ao décimo dia após o início da menstruação”, acrescenta Maria Helena. Atualmente, cerca de 75% dos casos de câncer de mama são detectados pelo auto-exame, mas nesses casos, o tumor freqüentemente já ultrapassa 2cm, o que dificulta a cura.
MORTALIDADE
O crescente índice de diagnósticos do câncer de mama elege a patologia como a principal causa de morte da população feminina entre 39 e 58 anos de idade. No Brasil, estima-se o surgimento de mais de 40 mil novos casos este ano, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde já existe uma concentração maior de diagnósticos da doença. Números divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que os principais fatores para adquirir o mal podem estar relacionados a mudanças no estilo de vida das mulheres, à decisão de ter filhos mais tarde ou, ainda, por não tê-los.
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