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Restrição antiga...

A Sabedoria Divina nas Leis de Restrição de Consumo de Carne de Certos Animais

("Da sua carne não comereis, nem tocareis nos seus cadáveres; esses vos serão imundos" – Levítico 11:8).

A revista National Geographic de outubro de 2007 (págs. 78-105) traz uma impressionante matéria sobre a transmissão de doenças de animais para homens (zoonose) e mesmo de homens para animais (antropozonose). O título do artigo é "Deadly Contact" [Contato mortal] e traz como subtítulo, "Como homens e animais fazem intercâmbio de doenças". As fotos da reportagem chegam a ser chocantes—uma criança da República Democrática do Congo carregando sobre a cabeça uma canastra com um rato e o braço de um macaco; uma vaca morta numa rua de Dhaka, capital de Bangladesh, com a cabeça separada do corpo e sangue jorrando abundantemente, num festival muçulmano em que carne é oferecida aos pobres; um morcego de espécie que causou a morte de vários cavalos de um centro de criação de cavalos na Austrália e um treinador desses animais por ser portador de um vírus mortífero; um jovem cheio de pústulas no rosto, vítima de uma enfermidade contraída de macacos; um macaco despedaçado com cabeça, braços, pernas e partes interiores à mostra (sendo preparado como alimento); entre outras fotos que enriquecem a matéria. Algumas das legendas e textos em destaque no artigo já dão uma idéia da discussão global: * Quando um patógeno salta de um animal para uma pessoa, e ali tem êxito em causar problemas, o resultado é o que se conhece como uma zoonose. É a palavra do futuro. * Com a perda de seu habitat natural, os morcegos de fruta passaram a ter contato mais íntimo com os humanos. Esses morcegos [que seriam hospedeiros do vírus causador da mortandade entre os cavalos na Austrália] estão sob estudo como transmissores de várias outras doenças, incluindo a febre ebola, a febre de Nipah (em porcos) e gripe das aves. * Uma vez seja formado o contato [entre animais e homens] e o patógeno tenha sido transmitido, dois fatores contribuem para a possibilidade de conseqüências cataclísmicas: a mera abundância de seres humanos e a velocidade de nossas viagens de um lugar para outro. * Riscos de animais de estimação – Cerca de dois milhões de répteis são importados anualmente para os EUA – cada um sendo um hospedeiro potencial de doenças. [É mostrada a foto de uma tartaruga sulcata africana abandonada por seu possuidor]. . . As tartarugas e cágados, bem como outros répteis, podem abrigar a bactéria salmonela, uma ameça para crianças. * [Outra foto mostra um homem do Colorado vitimado por febre causada pelo mosquito do oeste do Nilo que matou 63 pessoas naquele estado em 2003]. Tal doença, explica a legenda da foto, "é uma enfermidade de pássaros que os mosquitos transferem aos seres humanos". A reportagem fala, na pág. 102, de como o vírus de imunodeficiência em macacos (SIV) foi transferido para uma sub-espécie de chimpanzé, alcançando seres humanos, provavelmente na região oeste-central da África, tornando-se o HIV (o vírus da AIDS). Um dos problemas na região africana é que os animais silvestres são importante fonte de proteína para as populações paupérrimas que têm na caça de tais animais uma forma de prover alimentação, vendidos ou consumidos sem os controles sanitários regulares de sociedades mais tecnologicamente desenvolvidas. E o pior é que nem critérios mínimos de higiene são adotados, como no caso da eclosão de febre ebola no Gabão, África, em fevereiro de 1996, quando pessoas ficaram doentes, e muitas morreram, após terem consumido a carne de um chipanzé que encontraram morto na floresta, informa o artigo. O autor, David Quammen, conta de uma viagem investigatória que fez a certas regiões africanas onde houve eclosão da febre ebola, e relata como atingiu a cidade de Mbomo, "ponto central de uma área onde a endemia havia ceifado a vida de 128 pessoas durante a mesma manifestação da doença que liqüidou gorilas em Lossi. Detivémo-nos num pequeno hospital, ao lado do qual havia uma placa em visíveis letras vermelhas:

ATTENTION EBOLANE TOUCHONS JAMAIS NE MANIPULONS JAMAIS LES ANIMAUX TROUVÉS MORTS EN FORET

[Atenção—febre ebola: Não toquem jamais nem jamais manipulem animais encontrados mortos na floresta]".

No caso dos cavalos que morreram na Austrália, há uma interessante discussão sobre o porquê de só agora haver manifestação de tal doença, sendo que os morcegos certamente sempre ali viveram, e seus fluídos ou urina poderiam ter também sido ingeridos por cangurus, que não revelam terem sido assim afetados, vivendo há milênios em contato com tais animais. A conclusão é que os cavalos, que não são nativos da Terra, sendo introduzidos por colonizadores europeus, é que ofereceriam condições propícias para o desenvolvimento do vírus letal. Na pág. 97 há esse relatório significativo:
"Em setembro de 1998, um vendedor de porcos na península da Malaisia deu entrada num hospital com um tipo de inflamação cerebral e morreu. Pela mesma época um número de trabalhadores de fazendas de criação de porcos apresentaram sintomas semelhantes, com febre severa que levava ao estado de coma. Vários desses também morreram. Os porcos na área enquanto isso sofriam uma doença própria (ou assim parecia), tossindo e chiando, e terminavam morrendo. A doença dos porcos foi considerada como febre suína clássica e as mortes humanas foram atribuídas a encefalite japonesa. Mas dentro de poucos meses, os cientistas mostraram que tanto os porcos quanto as pessoas haviam sido infectadas com o mesmo vírus, que era algo novo, primeiro isolado de um paciente cuja aldeia nativa era chamada Sungai Nipah. O vírus era altamente contagioso de porco para porco, mas não de pessoa para pessoa. Espalhou-se por outras áreas da Malaisia e mesmo para Cingapura, com carregamentos de porcos vivos infectando pessoas que tiveram contato com os animais doentes ou sua carne. Dentro de sete meses 265 pessoas tinham ficado enfermas, com 105 mortes, o que levou à segregação de um milhão e cem mil porcos. "O perfil molecular desse novo vírus sugeria um parentesco próximo com Hendra [nome dado à infecção que matou cavalos e um treinador na Austrália]. Isso propiciou uma pista. Não muito depois, pesquisadores encontraram o vírus de Nipah vivendo dormente num hospedeiro: outra espécie de morcegos de fruta, o Pteropus hypomelanus. Também notaram que os morcegos de fruta, privados de seu habitat noutro local, tinham-se reunido em hortas próximas das fazendas de criação de porcos".
Tudo isso nos faz ver que quando a Bíblia proíbe certas carnes indicando que nem se deveria tocar nos seus cadáveres, é muito melhor acatar tal instrução como tendo sido dada por Aquele que conhece muito bem tanto a estrutura de homens como de animais, pois a todos igualmente criou.

O número desta semana da revista Time (15-10-07) apresenta como matéria de capa um quadro preocupante do aumento de câncer do seio por todo o mundo, não mais se limitando agora aos países ocidentais. É a matéria, "Why Breast Cancer is Spreading Around the World" [Por que o câncer de seio está se espalhando pelo mundo]. E UMA VEZ MAIS confirma-se a filosofia adventista. Embora os fatores que conduzem a tal problema sejam vários, inclusive genéticos, um gráfico nas págs. 38 e 39 mostra como os países onde mais se consome carnes vermelhas são os que revelam maior manifestação desse tipo de câncer. Por exemplo, comparando-se Argentina com Brasil vê-se como é maior a incidência de câncer no primeiro país, onde a carne é elemento obrigatório nas refeições, com média de 79 casos para cada 100.000 mulheres. No Brasil, onde se come muita carne mas não tão intensamente como na Argentina, a média é de 46 para 100.000. Nos Estados Unidos, terra do "hamburguer", o limite é assutador dado o sistema alimentar errado da maior parte da população (101,1). Na Índia, onde há grande número de vegetarianos, a média é de 19,1. Eis um trecho bem significativo da reportagem:
"Se a difusão do estilo de vida dos E.U.A e da Europa Ocidental está realmente contribuindo para a explosão de câncer de seio, o primeiro e pior de todos esses novos hábitos é quase certamente regime alimentar. Num estudo divulgado em julho, cientistas fizeram monitoramento de hábitos de alimentação de 3.000 mulheres chinesas, variando em idade de 25 a 64 anos. Metade do grupo comia um regime de 'carnes e doces' ao estilo da cozinha ocidental, rico em carnes vermelhas, camarão, peixe, doces, sobremesas, pão e leite. As outras mantiveram-se no regime mais tradicionalmente asiático, com tofu, vegetais, brotos, feijões, peixe e leite de soja. Mulheres em época de pós-menopausa no grupo de carne e doces revelaram 60% maior risco de desenvolver o tipo mais comum de câncer de seio. "Conquanto tais resultados não sejam definitivos, pesquisadores na Arábia Saudita e ao longo da costa européia do Mediterrâneo têm chegado a padrões semelhantes, à medida que o regime costumeiro de alimentos com baixo teor de gordura é abandonado. 'Nós cegamente aceitamos que o estilo de vida ocidental era melhor', diz o Dr. Xu Guangweu, chefe da Associação Chinesa de Combate ao Câncer". -- Op. Cit, pág. 39.
A mesma revista Time, noutra edição sobre aquecimento global, apresenta 51 sugestões do que se pode fazer individualmente para abater o problema, e a sugestão de no. 22 é--"Skip the Stake", ou seja--abandone a carne. O artigo mostra que um vegetariano contribui para um "poupança" de 1,5 ton. de gases de efeito estufa enquanto um usuário de carro híbrido o faz em apenas 1,0 ton. Isto pode ser lido em maiores detalhes na pág. 3 deste tópico, artigo, Revista Time Discute Aquecimento Global e Confirma Filosofia de Vida Adventista , que se pode alcançar pelo seguinte link:

http://foroadventista.com/index.php/topic,166.30.html

Abraços a todos

Prof. Azenilto G. Brito
Ministério Sola Scriptura
Bessemer, AL., EUA.

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