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Ameba que come o cérebro...

Ameba que ataca o cérebro matou seis:

Uma ameba rara e altamente perigosa fez sua sexta vítima nos Estados Unidos desde o início do verão, informou nesta sexta-feira, 5, a rede de notícias CNN. Um jovem de 12 anos morreu depois de nadar em um lago e contrair uma espécie conhecida como naegleria fowleri amoeba.

Durante um fim de semana de calor no Texas, em agosto, Ray Herrera e seu filho, Jack, resolveram aproveitar um refrescante banho de lago. "É impossível descrever a sensação de observar a pessoa que você mais ama se tornar um vegetal e morrer", afirmou Herrera à reportagem da CNN.

Somente no último verão, autoridades de saúde do Texas registraram o sexto caso de contaminação pela ameba. Desde 1989, somente 24 são conhecidos. A semelhança em todos eles é que as vítimas nadaram em lagos, rios ou cachoeiras poucos dias antes de adoecerem.

Segundo o Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC, em inglês) do país, "a ameba entra no corpo pelo nariz, de onde parte para se instalar no cérebro em busca de alimento". Os primeiros sintomas começam a aparecer entre 1 e 14 dias e são semelhantes aos da gripe, fazendo com que um diagnóstico preciso seja bastante difícil, descreve a matéria. Contudo, a saúde do paciente é debilitada de forma bastante veloz.

A este ponto, relata o médico Kevin Sherin do Departamento de Saúde de Orange County, que investiga três mortes ocorridas nos últimos meses, "ela progride rapidamente e inicia o derradeiro caminho para elas (as vítimas). Entra-se em coma, com movimentos anormais do olhos seguida de uma cascata de terríveis quedas no quadro clínico e da morte de partes do cérebro".

Sherin ressalta que um coquetel de remédios, se ministrados no momento certo, pode ajudar a destruir o ser. Para isso, diz o médico, um diagnóstico deve ser feito o mais cedo possível. Contudo, sua raridade é o maior empecilho para a descoberta do melhor tratamento.

Segundo a CNN, são nos meses de verão (no hemisfério norte, entre junho e setembro) que a ameba floresce. "Os médicos precisam aprender a diagnosticar os sintomas", diz Sherin. "Se observamos uma gripe seguida de fortes dores de cabeça há poucos dias de um mergulho em um lago, é preciso ter cuidado."

"O calor contribui para criar o ambiente de procriação da ameba", afirma a médica Rebecca Sunenshine, do Departamento de Saúde do Arizona, envolvida com o estudo de uma morte atribuída à naegleria fowleri amoeba.

Uma outra questão analisada por pesquisadores é que a espécie ataca principalmente indivíduos do sexo masculino. Todas as vítimas registradas neste ano são homens, entre 10 e 22 anos. Uma das teorias é que pessoas deste grupo são mais propensas a entrar na água de lagos e rios, muitas vezes durante a prática de esportes aquáticos.

Autoridades de saúde reconhecem que os governo têm poucas ferramentas para o combate à ameba. "O que podemos fazer é adotar procedimentos de prevenção", disse Michael Beach, do CDC. "Mas essa seria uma tarefa bastante difícil de se executar porque os testes podem não descobrir nada até que alguém já tenha mergulhado."

Na tentativa de evitar novos contágios, alguns condados da Flórida colocaram avisos nas margens de lagos que podem conter espécies da ameba e fecharam outras piscinas naturais. Entretanto, escreve a CNN, a efetividade dos avisos nem sempre é respeitada. "A reportagem esteve em um lago fechado e encontrou dezenas de famílias aproveitando o sol e se banhando."

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