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Cuidado com o leite!!!

Brasil/PF desarticula esquema de adulteração de leite:
Cooperativas de Minas são acusadas de adicionar soda cáustica ao produto


A Polícia Federal (PF) prendeu ontem 27 pessoas e desarticulou um esquema de crimes contra a saúde pública por meio da adição de substâncias químicas não permitidas ao leite longa vida, o que o tornava impróprio para consumo. Conforme as investigações do Ministério Público Federal (MPF), a Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Coopervale), em Uberaba, e a Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil), em Passos, são suspeitas de acrescentar ao leite soda cáustica (hidróxido de sódio) e água oxigenada (peróxido de hidrogênio).
As substâncias, de acordo com a PF, eram diluídas em água – junto com outras, como citrato de sódio e ácido cítrico –, numa proporção de 10% do total, e usadas para aumentar a longevidade do produto, reduzindo sua acidez. O MPF alertou que as substâncias, se utilizadas em desacordo com os parâmetros químicos indicados, “podem se transformar em poderosos agentes cancerígenos”.
Como parte da Operação Ouro Branco, foi determinado o recolhimento de amostras de leite longa vida em todo o país. Segundo a PF, o produto adulterado era revendido pelas cooperativas para empresas como Parmalat e Calu, entre outras, que comercializavam o produto em embalagens próprias em todo o território brasileiro.
Procuradas pela reportagem, a Parmalat e a Calu negaram em nota adquirir leite dessas cooperativas. “Não há como, hoje, recolher todo produto que está no mercado porque as empresas recebem leite de várias cooperativas. Não há como saber, sem antes fazer uma análise, se o leite que está sendo vendido é impróprio para o consumo humano”, observou o procurador Carlos Henrique Dumont.
A produção diária das cooperativas chegava a 400 mil litros (250 mil da Casmil e 150 mil da Coopervale). As promotorias de Defesa do Consumidor em Uberaba e Passos determinaram a suspensão da produção e a apreensão dos estoques de leite de ambas. “Dependendo das novas análises, a decisão pode ser mais abrangente”, disse o promotor Cristiano Cassiolato, referindo-se a uma eventual medida que leve à retirada de produtos das prateleiras.
Prisões - A PF informou no início da noite que cumpriu todos os 27 mandados de prisão temporária e realizou buscas e apreensões em diversos endereços nas cidades do Triângulo Mineiro e no sul do estado. Entre os presos estão dirigentes da Coopervale e da Casmil – apontados como possíveis chefes do esquema – e funcionários das cooperativas. Em Passos, a PF vasculhou fábrica, escritório e a residência do presidente da Casmil, Dácio Francisco Delfraro, que foi preso. Um químico responsável pela fórmula da substância também foi preso. Os nomes dos outros presos não foram divulgados. Os agentes federais prenderam também dois funcionários do Serviço de Inspeção Federal responsáveis pela fiscalização das cooperativas em Passos e Uberaba. “Obrigatoriamente, ele (o fiscal) está dentro da empresa, acompanhando essa produção. Esse fiscal não tem como alegar que não sabia que o leite estava sendo adulterado”, disse o delegado Willian Nascimento. A estimativa do chefe da PF em Passos, Davidson Chagas, é de que os crimes eram praticados havia pelo menos dois anos. Os esquemas de adulteração do leite começaram a ser investigados há cerca de quatro meses, a partir de denúncias de outras cooperativas e de ex-funcionários das empresas. No dia 16 de agosto, o MPF interceptou duas carretas em Passos com leite cru da Casmil. O boletim de análise de leite do Serviço de Inspeção Federal que acompanhava a carga atestava ausência de conservantes, mas a análise dos produtos feita pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) confirmou a fraude e a presença, em todas as amostras, de água oxigenada.
Segundo a avaliação técnica, o procedimento criminoso teria por objetivo a “recuperação” do leite estragado ou impróprio para o consumo que chegava dos produtores rurais. A reportagem não conseguiu contato com representantes da Coopervale e da Casmil. O advogado do presidente da cooperativa de Passos também não foi encontrado. (Fonte: Correio da Bahia)

Mais:

Projeto revela altos índices de contaminação de laticínios clandestinos no estado de São Paulo:

A contaminação do leite e seus derivados é um dos graves problemas envolvendo a segurança alimentar no Brasil. Análises feitas por instituições de pesquisa e de defesa do consumidor têm demonstrado que vários produtos derivados do leite não deveriam estar disponíveis no mercado por serem classificados como impróprios para o consumo humano. Dentre os laticínios comercializados no país, os informais ou clandestinos representam cerca de 40% do total e são os que apresentam os níveis de contaminação mais preocupantes.
A primeira fase do projeto de pesquisa "Produtos lácteos clandestinos: Dimensionamento real do problema no estado de São Paulo como parâmetro para elaboração de políticas públicas que visem seu combate", financiado pela Fapesp, foi realizada pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e pelo Instituto Biológico, ambos ligados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo. Os resultados, concluídos no final de maio, evidenciaram a precariedade higiênico-sanitária desses produtos lácteos. "Como esperado, os resultados das análises mostraram índices de contaminação bastante elevados", afirmou Airton Vialta, pesquisador do Ital e coordenador do projeto.
Os pesquisadores do Ital e Instituto Biológico realizaram análises microbiológicas e microscópicas em 314 amostras de queijo e leite comercializadas de forma clandestina em diversas regiões do estado de São Paulo. "As análises microbiológicas mostraram principalmente a presença de coliformes fecais e S. Aureus (uma bactéria que pode causar intoxicação alimentar) acima dos limites estabelecidos pela legislação, enquanto as análises microscópicas revelaram a presença de pêlo de roedor e de fragmento ou mosca inteira, tornando tais produtos impróprios para o consumo humano", explicou o coordenador do projeto.
Do total de amostras analisadas, 60% foram condenadas para o consumo humano. Esse percentual pode ser ainda maior, quando consideradas outras análises que foram feitas, mesmo sem estar previstas na legislação para alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Se fossem consideradas impróprias para o consumo, as amostras nas quais detectou-se DNA das bactérias Brucella sp. e/ou M. Bovis (bactérias que transmitem zoonoses que podem ser retransmitidas a humanos) os valores saltariam para mais de 64,3% do total", alertou Vialta.
As análises microscópicas também revelaram a precariedade das condições de higiene em que foram produzidos os alimentos analisados; 95% das amostras, por exemplo, apresentaram pelo menos um tipo de sujeira como pêlos (de humano, suíno, bovino, eqüino ou roedor), fios diversos, grão de areia, ácaro, inseto inteiro e/ou fragmento de inseto. "Com a divulgação dos resultados, pretendemos levar a um cumprimento efetivo da legislação, ou mesmo, à criação de outros mecanismos e políticas públicas que visem, não apenas reprimir a produção e comercialização dos clandestinos, mas também, estimular as pessoas que trabalham na informalidade a passar para a formalidade", enfatizou o pesquisador do Ital.
Na segunda etapa, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária, instituição parceira do projeto, deve usar os resultados da primeira fase para elaboração de políticas públicas que busquem diminuir a informalidade do setor de laticínios. Fonte: http://www.comciencia.br/

Mais:

Jornal A CidadeTrês marcas de leite devem ser retiradas do mercado em MG

'Consumidor pode beber leite fraudado sem saber'

Polícia Federal

O Globo Online

Correio da Bahia

Gazeta Mercantil

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Um comentário:

Sara disse...

Todo o leite deve ser bem-vinda para as crianças, bem como estudos a serem feitas antes de mulheres a amamentar, temos que ter campanhas de mastologia

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